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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

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    G20: receio de alterações acelerou publicação de declaração final

    Previsão inicial era de que a declaração só saísse no final da reunião dos chefes de Estado, na terça

    Foi o receio de que houvesse alterações na minuta que circulava entre os diplomatas dos países do G20 que acelerou a publicação do documento final nesta segunda-feira (18).

    A previsão inicial era de que a declaração só saísse no final da reunião dos chefes de Estado, na terça-feira (19) pela manhã.

    Ali, ainda que a versão final já tivesse amplo aval, poderiam sair sugestões de alterações, segundo relataram à CNN diplomatas brasileiros.

    Foi então que se decidiu obter o aval para o texto que circulava com as posições brasileiras em destaque. Em especial, a não-condenação da Rússia pela invasão da Ucrânia.

    Como mostrou a CNN na manhã desta segunda-feira, países europeus pressionavam por uma condenação mais assertiva da Rússia, o que gerava divergências e ameaçava o consenso necessário para o texto final.

    Ao final, o país comandado por Vladimir Putin sequer foi citado na declaração.

    O conflito é mencionado no parágrafo destacando “o sofrimento humano e os impactos negativos adicionais da guerra no que diz respeito à segurança alimentar e energética global, cadeias de suprimentos, estabilidade macrofinanceira, inflação e crescimento”.

    Faz referência, ainda, a iniciativas pela paz na região. “Saudamos todas as iniciativas relevantes e construtivas que apoiam uma paz abrangente, justa e duradoura, mantendo todos os Propósitos e Princípios da Carta da ONU para a promoção de relações pacíficas, amigáveis e de boa vizinhança entre as nações”, diz.

    Brasil e China elaboraram recentemente uma proposta de paz que foi refutada tanto pela Ucrânia quanto pela Rússia.

    Demais intenções de mudar o documento ao longo do dia acabaram sendo demovidos, como a oposição da Argentina a trechos que defendiam a taxação dos super-ricos.

    Os argentinos acabaram acatando o texto final, mas com ressalvas.

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