G20 Social: Aliança Global contra a Fome tem adesão de 41 países e meta de atingir 500 mi de pessoas no mundo
Objetivos foram antecipados durante coletiva do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, durante o G20 Social, nesta sexta-feira (15)
O governo brasileiro iniciou o segundo dia do G20 Social, no Rio de Janeiro, com uma prévia dos anúncios que devem ser detalhados e formalizados sobre a Aliança Global contra a Fome. A iniciativa já conta com 41 países, 13 organizações internacionais e mira atingir 500 milhões de pessoas no mundo.
Para se chegar ao objetivo, a aliança prevê programas de transferências de renda e sistemas de proteção social.
Outra meta é expandir as merendas escolares para mais 150 milhões de crianças em nações que enfrentam fome e pobreza infantil endêmica.
As medidas foram antecipadas através de uma coletiva do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, durante o G20 Social, nesta sexta-feira (15).
Em sua fala, Dias exaltou a iniciativa e disse que ela representa o resgate dos objetivos e compromissos para combater a fome no mundo com o desenvolvimento sustentável.
Financeiramente, as iniciativas contarão com apoio de instituições financeira como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O banco deve aportar inicialmente cerca de US$ 25 bilhões, segundo informações do governo. O montante ainda está sujeito à aprovação pela diretoria da instituição.
Além dele, estão presentes o Banco Asiático de Desenvolvimento, o Banco Africano de Desenvolvimento e o Banco Mundial.
Transferência de renda
Dentro da meta de atingir meio milhão de pessoas no mundo, países como Chile, Togo e Nigéria se comprometeram em ampliar programas de subsídios social para atender as famílias de baixa renda.
Esta iniciativa prioriza oferecer conhecimento, apoio técnico e financeiro aos países que estão criando, desenvolvendo ou expandindo seus programas de transferência de renda.
Entre os planos para essa atuação, está a criação do “pooling virtual”, para combinar contribuições financeiras de vários fundos e fontes para reduzir os custos de transação e ajudar os governos implementadores a iniciar benefícios de proteção social em maior escala.
Neste sentido, Portugal e Reino Unido devem atuar em colaboração com institutos internacionais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Unicef e Programa Mundial de Alimentos para dar auxílio e expandir o apoio financeiro e técnico aos países de baixa renda.
Para combater a fome infantil e apoiar a educação, os anúncios miram dobrar o número de crianças que recebem refeições escolares diárias em países de baixa renda, atingindo 150 milhões até 2030.
Refeições escolares
Com o maior programa de refeições escolares da África, a Nigéria dobrará sua cobertura para 20 milhões de crianças e integrará fazendas escolares para apoiar a produção local de alimentos.
Em conjunto, bancos de desenvolvimento multilaterais, organizações internacionais, doadores e fundações estarão auxiliando e estruturando o trabalho para proporcionar apoio mais consistente a esses e outros governos implementadores ao aproveitar as forças uns dos outros.
Agricultura familiar
Dentre as propostas, estão anúncios sobre a ampliação do apoio a programas para pequenos produtores e agricultura familiar. Este segmento é responsável por até 70% dos alimentos consumidos em países de renda baixa e médiabaixa.
No caso do Brasil, o país se comprometeu, em parceria com as agências da ONU FAO, o IFAD, e o PMA, para lançar uma Iniciativa de cooperação Sul-Sul que conectará agricultores familiares a programas locais de merenda escolar.
Nesse sentido, França, Alemanha, Noruega, Reino Unido e a União Europeia reafirmaram suas ações para avançar na implementação de programas de apoio à agricultura familiar e de pequenos produtores em todo o mundo.