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    Ex-ajudante de Bolsonaro será intimado para esclarecer pontos da delação à PF

    Se Mauro Cid omitir informação, delação "não terá valor", dizem investigadores

    Elijonas Maiada CNN , Brasília

    A Polícia Federal (PF) decidiu intimar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), para novo depoimento.

    O interrogatório será com base nos arquivos deletados do computador dele, que foi apreendido durante busca e apreensão. A PF recuperou os arquivos com um aparelho de perícia israelense e quer que Cid esclarece os pontos em aberto, com base na sua delação premiada firmada com as autoridades.

    A CNN antecipou, na semana passada, que os investigadores do caso estavam estudando esse novo interrogatório. Agora, há definição, mas ainda sem data para ocorrer.

    Segundo investigadores ouvidos pela reportagem, como colaborador, Cid não pode omitir nenhuma informação. Para eles, se o militar omitir ou faltar com a verdade, a delação não terá valor.

    Na reta final da investigação sobre o suposto plano de golpe no Brasil, a PF se debruça nas análises dos materiais encontrados nos aparelhos eletrônicos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e também do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo do ex-presidente.

    Novos elementos foram encontrados no computador e celular de ambos, o que adiou a conclusão do inquérito, conforme revelou a CNN.

    Nos arquivos de Mauro Cid, mensagens com teor golpista foram confiscadas para inclusão no inquérito, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

    A CNN procurou a defesa de Cid e aguarda retorno.

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