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    Após quedas recentes, petróleo fecha em leva alta com relatório da Opep no radar

    Baixas importações chinesas de petróleo bruto em outubro e uma redução nos preços de venda oficiais em dezembro confirmam que a demanda continua a enfraquecer

    Matheus Andrade, especial para o Broadcast, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros de petróleo fecharam em leve alta nesta terça-feira (12) seguindo a sessão de ontem, quando tombaram mais de 3%. A alta do dólar e as perspectivas para a demanda chinesa vêm pressionando a commodity nos últimos dias.

    Nesta sessão, o destaque foi a publicação do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que cortou sua previsão para o crescimento da demanda global, ainda que os números tenham afetado de forma limitada os preços.

    Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,12% (US$ 0,08), a US$ 68,12 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve alta de 0,08% (US$ 0,06), a US$ 71,89 o barril.

    Os preços do petróleo têm estado sob pressão desde a última sexta-feira (8), depois de o decepcionante estímulo chinês não ter conseguido aliviar as preocupações com a procura no segundo maior consumidor de petróleo do mundo, afirmam analistas do Commerzbank. Estas preocupações foram ainda alimentadas por uma notícia da Reuters de que a Arábia Saudita fornecerá menos petróleo bruto à China em dezembro.

    As baixas importações chinesas de petróleo bruto em outubro e uma redução nos preços de venda oficiais em dezembro confirmam que a demanda continua a enfraquecer. Não há melhorias previstas para o quarto trimestre, afirma o Commerzbank.

    A Opep cortou a previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano em 107 mil barris por dia (bpd), para 1,8 milhão de bpd, segundo relatório mensal publicado nesta terça-feira. Para 2025, o cartel também reduziu a projeção para o aumento na demanda mundial, em 103 mil bpd, para 1,5 milhão de bpd.

    Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve registrar aumento de cerca de 200 mil bpd este ano e de 100 mil bpd no próximo, segundo projeta a Opep. Fora da OCDE, a expectativa é de alta próxima de 1,7 milhão de bpd em 2024 e de 1,5 milhão de bpd em 2025.

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