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    Perícia vai verificar se carro de seguranças de empresário executado teve defeito; veja imagens

    Policiais que participavam da escolta estavam em posto de gasolina no momento da execução

    Marcos Guedesda CNN , São Paulo

    A Polícia Científica de São Paulo realizará uma perícia para verificar se um dos carros blindados que fazia a escolta de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, morto no aeroporto de Guarulhos na última sexta-feira (8), realmente apresentou problemas mecânicos, como afirmado pelos policiais responsáveis pela equipe de segurança da vítima.

    Em depoimentos prestados à polícia na madrugada após o crime, três policiais da escolta de Gritzbach relataram que o veículo teve uma pane mecânica depois de uma parada para um lanche em um posto de gasolina, próximo ao aeroporto, momentos antes da execução. Câmeras de segurança registraram a movimentação no local.

    O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou a perícia ontem à tarde (11), durante uma coletiva de imprensa em que informou a criação de uma força-tarefa, composta pelo Ministério Público, Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, para investigar o caso. Não foi estipulada uma data para a conclusão da perícia.

    Momentos antes da morte

    Imagens obtidas pela CNN mostram a chegada de uma SUV Trailblazer preta blindada, que faria parte da escolta de Gritzbach, ocupada por dois militares e dois parentes da vítima — seu sobrinho e seu filho. Por volta das 15h, os ocupantes saem do veículo e entram na loja de conveniência do posto.

    Uma Amarok branca, também blindada e ocupada por dois policiais militares (um deles já havia desistido de trabalhar com a vítima e voltou para “um serviço esporádico”), chega ao local pouco depois. Os policiais saem e também entram na loja do posto.

    As imagens mostram que o carro preto deixa o posto com as mesmas pessoas que haviam desembarcado. Minutos mais tarde, os policiais da Amarok branca tentam sair, mas o veículo aparenta estar com problemas mecânicos — versão apresentada pelos policiais em depoimento.

    Entre 15h22 e 15h39, eles tentam dar partida no carro, sendo que ao desistirem, abrem o capô do veículo. Às 15h43, a Trailblazer preta retorna ao posto. Um dos seguranças desse veículo desce e permanece no local.

    Segundo os depoimentos, este policial ficou para dar espaço aos demais acompanhantes de Antonio Vinicius, que chegavam com ele no aeroporto. Sendo assim, apenas um segurança foi ao local de desembarque buscar a vítima. Momentos depois, os policiais que estavam no posto tentando consertar o carro foram notificados do tiroteio. Segundo dois agentes, o aviso partiu do filho da vítima, que ouviu os disparos ao se aproximar do local.

    Execução e morte de terceiro

    Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado com pelo menos 10 tiros disparados por fuzis e uma pistola. Ele havia celebrado um acordo de delação premiada em que entregaria policiais em um suposto esquema de extorsão e envolvimento com o crime organizado.

    As armas do crime e o carro utilizado por dois suspeitos foram encontrados próximos ao aeroporto. Foram apreendidos três fuzis, sendo dois calibre 762 e o outro calibre 556, além de uma pistola 9 mm. Até o momento, ninguém foi preso.

    Celso Araujo Sampaio de Novais, de 41 anos, foi atingido por um tiro de fuzil nas costas e também morreu na ocasião. Segundo um colega próximo à vítima, Celso havia acabado de finalizar uma corrida no aeroporto e deixava o terminal, quando foi atingido. Outras duas pessoas que estavam no aeroporto também ficaram feridas.

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