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    Empresário foi ouvido pela Corregedoria da Polícia Civil dias antes de ser executado, diz Derrite

    Segundo Derrite, o depoimento aconteceu por conta das falas do empresário para o Ministério Público em delação premiada; Antônio Vinícius Grietzbach foi morto pelo PCC

    Da CNN , em São Paulo

    O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse em coletiva nesta segunda-feira (11), que o empresário Antônio Vinícius Grietzbach, morto a tiros no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos na última sexta-feira (8), foi ouvido pela Corregedoria da Polícia Civil no dia 31 de outubro.

    Segundo Derrite, o depoimento aconteceu por conta das falas do empresário para o Ministério Público em delação premiada. Ainda segundo o secretário, Vinícius Grietzbach delatou policiais em seu acordo de delação premiada com o MP de São Paulo.

    Suspeitas e conflitos internos

    O jornalista Valmir Salaro, em entrevista à CNN, revelou que o empresário estava envolvido em um conflito interno com membros do PCC. Ele foi acusado de assassinar dois integrantes da organização, incluindo um conhecido como “Cara Preta”, em uma emboscada no bairro de Itaquera. Embora o empresário tenha negado as acusações até sua morte, tanto criminosos quanto a polícia possuíam informações que o ligavam ao crime.

    Salaro explicou que o motivo por trás dessas acusações estava relacionado a suspeitas de desvio de dinheiro. “Um deles, que é o Cara Preta, teria descoberto que o dinheiro que o PCC passava para ele, para ele aplicar em moedas virtuais, compra de imóveis e futebol, ele estava pegando esse dinheiro para ele próprio”, detalhou o jornalista.

    Delação e consequências

    Além das acusações de assassinato e desvio de dinheiro, o empresário também se tornou um delator, o que agravou sua situação perante o PCC. Salaro mencionou que o empresário era considerado uma testemunha importante para o Ministério Público, mas recusou as condições para viver como testemunha protegida.

    “Ele era um morto vivo, mas para o Ministério Público ele era uma testemunha importante, só que não aceitou as condições para viver confinado como testemunha protegida, preferiu levar a vida dele achando que nada ia acontecer com ele”, concluiu o jornalista, sugerindo que essa decisão pode ter contribuído para seu trágico desfecho.

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