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    Polícia investiga se joias de R$ 1 milhão seriam para pagar dívida de empresário morto com PCC

    O material desembarcou com Antônio Luiz Grietzbach e estava sendo levado pela namorada dele

    Guilherme Rajãoda CNN , em São Paulo

    A Polícia Civil está investigando se as joias avaliadas em R$ 1 milhão que estavam na mala apreendida com a namorada do empresário Antônio Vinícius Grietzbach, morto a tiros no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos na última sexta-feira, seria utilizada para pagar dívidas com o PCC.

    Uma das linhas de investigação trabalha com a hipótese do material ter sido buscado em Maceió pelo empresário a fim de pagar parte dos valores devidos à facção. Ele voltava da cidade alagoana quando foi executado com tiros de fuzil.

    Os materiais apreendidos foram:

    • onze anéis
    • dez pares de brincos
    • seis pulseiras
    • três colares

    Todos eles são de grifes e marcas famosas.

    Nesta segunda-feira (11), uma força-tarefa foi criada a fim de acelerar a elucidação da execução de Grietzbach. O grupo será composto pelo Ministério Público, Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Secretaria de Segurança Pública.

    Suspeitas e conflitos internos

    O jornalista Valmir Salaro, em entrevista à CNN, revelou que o empresário estava envolvido em um conflito interno com membros do PCC. Ele foi acusado de assassinar dois integrantes da organização, incluindo um conhecido como “Cara Preta”, em uma emboscada no bairro de Itaquera. Embora o empresário tenha negado as acusações até sua morte, tanto criminosos quanto a polícia possuíam informações que o ligavam ao crime.

    Salaro explicou que o motivo por trás dessas acusações estava relacionado a suspeitas de desvio de dinheiro. “Um deles, que é o Cara Preta, teria descoberto que o dinheiro que o PCC passava para ele, para ele aplicar em moedas virtuais, compra de imóveis e futebol, ele estava pegando esse dinheiro para ele próprio”, detalhou o jornalista.

    Delação e consequências

    Além das acusações de assassinato e desvio de dinheiro, o empresário também se tornou um delator, o que agravou sua situação perante o PCC. Salaro mencionou que o empresário era considerado uma testemunha importante para o Ministério Público, mas recusou as condições para viver como testemunha protegida.

    “Ele era um morto vivo, mas para o Ministério Público ele era uma testemunha importante, só que não aceitou as condições para viver confinado como testemunha protegida, preferiu levar a vida dele achando que nada ia acontecer com ele”, concluiu o jornalista, sugerindo que essa decisão pode ter contribuído para seu trágico desfecho.

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