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    PM proíbe agentes de atuarem em escolta, como no caso do empresário executado

    Regulamento interno prevê punições conforme a gravidade da infração e o histórico do profissional

    Dayres Vitoriada CNN* , São Paulo

    Policiais militares de São Paulo, ainda em exercício da profissão, são proibidos de atuarem como seguranças particulares ou quaisquer outras atividades externas à corporação, é o que diz o regulamento interno da entidade.

    Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), atividades externas à Polícia Militar do estado constituem infração ao regulamento, podendo o infrator ser punido com sanções administrativas em caso de descumprimento.

    As punições cabíveis são aplicadas conforme a gravidade da infração e a depender se o agente infrator já possui ou não um histórico de violações de regras da corporação.

    De acordo com a SSP, as penalidades podem variar entre advertências até a exclusão das fileiras da Polícia Militar.

    Recentemente, cinco policiais militares que trabalhavam como seguranças particulares do empresário Antônio Vinicius Gritzbach, executado nesta sexta-feira (08) no Terminal 2 do aeroporto de Guarulhos, foram afastados de suas atividades operacionais por realizarem a escolta dele, sendo atividade esta considerada externa à corporação.

    Os agentes envolvidos no caso, por ora, não podem atuar como agentes da Polícia Militar de São Paulo até nova determinação das autoridades.

    Relembre o caso

    Antônio Vinicius Gritzbach, ligado ao PCC, foi executado a tiros na tarde desta sexta-feira (8) no terminal 2 do aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Na ocasião, dois homens desembarcaram de um veículo preto e efetuaram os disparos contra o empresário.

    Gritzbach chegou a ser apontado como mandante da morte do traficante Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, morto em 2021. O empresário já foi preso e deixou a cadeia em 2023, após o início da negociação de delação.

    Ao todo, cinco policiais militares do estado de São Paulo trabalhavam como seguranças particulares de Gritzbach. Todos foram afastados e tiveram os celulares apreendidos após o ocorrido.

    Segundo apuração da CNN, quatro dos policiais militares que faziam a segurança de Vinicius deveriam buscá-lo no aeroporto, mas o carro em que estavam teria supostamente quebrado no meio do caminho.

    Questionados sobre a atuação dos agentes como seguranças do empresário, a SSP informou em nota: “as corregedorias das polícias Civil e Militar apuram a atuação de seus agentes no caso mencionado”.

    Além da morte de Gritzbach, outras três pessoas foram atingidas pelos disparos. Um motorista de aplicativo morreu em decorrência dos ferimentos.

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