Trump pode “isolar o Irã diplomaticamente”, diz possível líder de equipe de transição
Brian Hook, que é ex-enviado dos EUA ao Irã, afirma que o Republicano não tem "nenhum interesse" de mudar regime do país
Cotado para liderar a equipe de transição do Departamento de Estado de Donald Trump, Brian Hook, disse que o presidente eleito vê Irã como o “principal impulsionador da instabilidade” no Oriente Médio, culpando a crise atual pelo fracasso do presidente Joe Biden em dissuadir o país e seus representantes.
Estados do Golfo Árabe, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, dois dos maiores produtores de petróleo do mundo, têm direcionado suas políticas externas nos últimos anos para reparar laços com antigos adversários, como o Irã.
Quando perguntado se tais países apoiariam uma maior escalada entre Irã e Israel, respondeu que “o presidente Trump entende que o principal impulsionador da instabilidade no Oriente Médio de hoje é o regime iraniano”.
Hook disse a Becky Anderson, da CNN, nesta quinta-feira (7) que acredita que Trump buscará uma política que “isole o Irã diplomaticamente” e “o enfraqueça economicamente” para impedi-lo de financiar grupos que “desestabilizam Israel e parceiros (regionais)”.
Mas ele acrescentou que o novo presidente não tem “nenhum interesse” em mudança de regime.
Ele alertou que uma “política de apaziguamento e acomodação” com o Irã estava por trás da turbulência no Oriente Médio. “Se ninguém acredita que você tem uma ameaça crível de força militar, então você vai perder a dissuasão”, disse Hook.
Hook foi um alto funcionário do Departamento de Estado durante a primeira administração Trump e agora deve liderar a equipe de transição de Trump no Departamento de Estado, de acordo com três fontes familiarizadas com o assunto. Hook disse que não tem comentários sobre os relatos de que ele liderará a equipe de transição.
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