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    Pediatra acusado de estupros na Paraíba é considerado foragido pela polícia

    Médico é investigado por abusos cometidos durante atendimentos em seu consultório em João Pessoa

    Gabriela Bentocolaboração para a CNN , em Recife

    O pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, de 81 anos, denunciado por estuprar crianças em seu consultório em João Pessoa, na Paraíba, agora é considerado foragido. Na terça-feira (6), ele não foi encontrado pela Polícia Civil durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência dele.

    A delegada Carolina Adisse confirmou a informação à CNN nesta quarta-feira (6). A prisão preventiva do médico foi decretada pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), após um recurso do Ministério Público, que solicitou a medida para evitar novos crimes.

    Além do cumprimento do mandado de prisão, a Justiça determinou buscas em outros locais associados ao pediatra visando apreender computadores, celulares e documentos do consultório do médico. Também foi solicitada a quebrar o sigilo telemático, serviços eletrônicos, do acusado.

    O desembargador Ricardo Vital, relator do caso na Câmara Criminal do TJPB, justificou a prisão preventiva afirmando que os crimes imputados a Fernando Cunha Lima não se tratam de “fatos isolados”. O desembargador também destacou que a idade do acusado, de 81 anos, não representa um impeditivo legal para a prisão.

    Antes da emissão da prisão preventiva na terça-feira (5), a Justiça já havia rejeitado, em quatro ocasiões, os pedidos de prisão preventiva solicitados pelo Ministério Público, pela delegada responsável pela investigação e pelo assistente de acusação. O médico responde a acusações de estupro envolvendo seis crianças, embora o processo atual examine apenas quatro casos.

    À CNN, o advogado Bruno Girão, que representa as vítimas, declarou que está satisfeito com a prisão preventiva decretada. “Recebemos a notícia com alegria e esperança de que a justiça seja feita, ainda que o réu esteja momentaneamente foragido”, explicou o advogado.

    A defesa do pediatra também foi procurada pela CNN, mas ainda não se posicionou sobre o assunto.

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