Américo Martins: Trump terá caminho aberto para cumprir promessas
Analista da CNN Brasil afirma que ex-presidente terá caminho aberto para implementar agenda, com apoio do Congresso e Suprema Corte conservadora
Donald Trump, em seu discurso na Flórida, reafirmou seu compromisso de cumprir as promessas de campanha caso seja eleito novamente presidente dos Estados Unidos. Segundo o analista sênior de assuntos internacionais da CNN Brasil, Américo Martins, o cenário político atual favorece a implementação da agenda do ex-presidente.
Martins destaca que a vitória de Trump, caso confirmada, será histórica e decisiva. “Ele vai vencer no voto popular, os republicanos muito provavelmente, segundo todas as projeções, vão controlar o Senado”, afirma o analista.
Caminho aberto para implementação de promessas
Com o provável controle republicano do Congresso e uma Suprema Corte de maioria conservadora, Trump terá condições favoráveis para colocar em prática suas propostas. Entre elas, destacam-se o corte de impostos, o controle da imigração na fronteira com o México e a aplicação de sanções contra a importação de produtos da China.
O analista ressalta que a política externa americana também sofrerá impactos significativos, especialmente em relação ao conflito na Ucrânia. Além disso, Trump promete desregulamentar a economia e abandonar propostas de taxação de super-ricos e distribuição de riquezas.
Retorno histórico à Casa Branca
Américo Martins enfatiza o caráter excepcional da situação: “É uma volta por cima do Donald Trump histórica que vai ter um impacto muito grande nos Estados Unidos e também em outras partes do mundo”. O analista lembra que Trump será o primeiro presidente americano com uma condenação criminal a assumir o cargo, caso eleito.
A vitória de Trump representa uma oportunidade rara na política americana, permitindo aos eleitores comparar diretamente seu governo anterior com o mandato de Joe Biden. “Uma oportunidade rara na política americana, porque um presidente, quando perde uma eleição, raramente volta a disputar. Isso não acontecia há mais de 100 anos e o Donald Trump conseguiu isso”, conclui Martins.