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    “Irmãos Menendez”: criador diz não estar surpreso com a defesa pública do caso

    Em decorrência da recepção da série, novas evidências foram adicionadas ao caso, e um novo julgamento é esperado

    Flávio Pintocolaboração para a CNN

    O criador de “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos de Pais“, Ryan Murphy, 58, disse que não ficou surpreso com a reação do público em apoio a Lyle e Erik Menendez após a estreia da segunda temporada do programa. Em decorrência da recepção da série, novas evidências foram adicionadas ao caso, e um novo julgamento é esperado.

    “Não posso afirmar que não fiquei surpreso, pois, ao concluir as filmagens e assistir aos episódios de ‘Monstros‘, percebi que eles têm uma força impressionante sob diversas perspectivas“, disse Murphy, no último sábado (2), em um evento para promover a série na temporada de prêmios. Veja obras de true crime que tiveram consequências na vida real.

    “O propósito da série sempre foi apresentar diversos e complexos pontos de vista. Considero muito poderoso o que conseguimos ao abordar e questionar a questão do abuso sexual“, continuou ele. “Acredito que, de uma forma ou de outra, surgiu um movimento entre os jovens que queriam discutir esse tema de maneira que não era viável em 1989. O que eu quis fazer, e por isso decidi realizar este projeto, foi abrir espaço para uma conversa sobre o assunto.”

    Recentemente, Murphy também declarou acreditar que os Menendez possam ser libertados da prisão “até o Natal”: “Demos a eles seu momento no tribunal da opinião pública. Basicamente, demos a eles uma plataforma”, disse Murphy em entrevista à Variety. “Acho que eles podem sair da prisão até o Natal. Eu realmente acredito nisso.”

    A influenciadora e empresária Kim Kardashian também publicou uma carta pedindo a soltura dos irmãos Menendez, condenados pelo assassinato de seus pais, José e Kitty, em 1989. O crime ocorreu na casa da família, em Beverly Hills. Os irmãos assassinaram os pais com 12 tiros na ocasião.

    No texto publicado, a socialite norte-americana aponta falhas no julgamento da dupla e diz que a sociedade não estava pronta para acolher vítimas de abuso sexual na década de 1980. Ela revelou que conheceu os irmãos Menendez e citou a jornada que eles percorreram dentro da cadeia.

    “Eles não são monstros. Eles são homens gentis, inteligentes e honestos. Na prisão, ambos têm um histórico de disciplinar exemplar, conquistaram vários diplomas universitários, trabalharam como cuidadores para detentos idosos, foram mentores em programas universitários”, afirmou. Kim.

    Para ela, os irmãos Menendez foram vítimas do meio em que cresceram e o assassinato dos pais foi o último recurso de uma dupla que sofreu com uma rotina de abuso por vários anos.

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