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    Análise: Ao criticar Kamala, Trump ganha visibilidade, mas não votos

    Analista da CNN Brasil avalia que ofensas pessoais do ex-presidente à vice-presidente dos EUA ganham visibilidade, mas não atraem eleitores indecisos

    Da CNN

    O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a causar polêmica ao chamar a vice-presidente Kamala Harris de “burra como uma pedra”.

    O ataque pessoal, no entanto, pode não trazer os resultados eleitorais esperados por Trump, segundo avaliação da analista de internacional Fernanda Magnotta durante o CNN 360° desta sexta-feira (1º).

    De acordo com Magnotta, Trump costuma conduzir duas campanhas presidenciais em paralelo: uma oficial, com estratégia e equipe definidas, e outra particular, guiada por seu próprio voluntarismo. Neste caso, prevaleceu o candidato Trump sobre sua própria plataforma e equipe.

    Impacto nas eleições

    A analista argumenta que esse tipo de ataque não favorece Trump no momento atual da corrida eleitoral.

    “Quando ele ataca diretamente a Kamala Harris, ele, em geral, energiza a sua própria base, aqueles que já compartilham dessa visão em relação a ela, mas esses são votos dos chamados convertidos, então não é exatamente do que ele precisa nesse momento”, explica Magnotta.

    Com uma eleição acirrada à vista, os votos decisivos virão dos eleitores moderados, independentes e indecisos. Pesquisas recentes indicam que a opinião pública rejeita ataques ad hominem, direcionados à pessoa e não às suas ideias ou ações políticas.

    Estratégia democrata

    Em contraste, a própria Kamala Harris tem evitado ataques pessoais em sua campanha. Recentemente, em Washington, ela focou em criticar as características de Trump como presidente, argumentando que ele representa uma ameaça à democracia e às instituições americanas.

    Magnotta lembra que os democratas aprenderam com erros passados, citando a campanha de Hillary Clinton em 2016, quando ataques diretos a Trump e seus eleitores se mostraram contraproducentes.

    “O resumo é esse que a gente está vendo, ele ao fazer isso ganha visibilidade, cobertura, consegue mobilizar aqueles que já estão com ele, mas de certa maneira não realiza o que mais importa, que é converter gente nova”, conclui a analista.

    A especialista ressalta a importância de estados como Wisconsin, onde a diferença na última eleição foi de apenas cerca de 20 mil votos.

    Para conquistar o eleitorado de áreas suburbanas e regiões afetadas pela desindustrialização, ataques ao QI de Kamala Harris não serão eficazes em converter votos cruciais para Trump.

    Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.

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