Rússia e Ocidente trocam acusações de interferência em eleição na Geórgia
Kremlin nega que tenha influenciado o pleito; União Europeia e EUA pedem investigação
O Kremlin disse nesta segunda-feira (28) que partidos estrangeiros estavam tentando desestabilizar a Geórgia, depois que os Estados Unidos e a União Europeia pediram uma investigação sobre supostas violações em uma eleição parlamentar lá.
O partido governista Sonho Georgiano venceu a eleição com quase 54% dos votos, de acordo com resultados oficiais que a oposição contestou.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou qualquer interferência russa na votação.
Os governos ocidentais estão preocupados com o que veem como uma inclinação da Geórgia para longe da Europa e em direção a Moscou, mais de três décadas depois que a nação do Cáucaso conquistou a independência quando a União Soviética entrou em colapso.
A presidente Salome Zourabichvili, uma oponente do Sonho Georgiano, no domingo se referiu ao resultado como uma “operação especial russa”. Ela não esclareceu o que quis dizer com o termo.
Peskov disse que a Rússia rejeitou veementemente tais alegações.
Ele disse que houve tentativas de atores europeus de interferir na eleição, mas não de Moscou.
“Rejeitamos veementemente tais acusações – como vocês sabem, elas se tornaram padrão para muitos países. À mínima coisa, eles imediatamente acusam a Rússia de interferência. Não, isso não é verdade. Não houve interferência e as acusações são absolutamente infundadas”, disse Peskov.