Quem são os “caçadores de furacões” e o que eles fazem?
Pilotos e cientistas da Associação Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA sobrevoaram o furacão Milton, que se aproxima da costa da Flórida
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Imagens da ISS mostram o olho do furacão Milton • NASA / CSU/CIRA & NOAA
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Moradores se preparam para a chegada do Furacão Milton poucos dias depois de passagem do Helene • Mario Tama/Getty Images via CNN Newsource
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Furacão Milton • NOAA
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Bob Gendron carrega caminhão com sacos de areia distribuídos aos residentes do condado de Pinellas antes da chegada do furacão Milton, em Seminole, Flórida • REUTERS/Octavio Jones
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Moradores da Flórida congestionam estradas fugindo do furacão Milton • REUTERS
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Moradores da área da Baía de Tampa, Flórida, EUA, correm para conseguir suprimentos de última hora antes da chegada do furacão Milton • Reuters
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Prateleiras em Orlando ficam vazias conforme Furacão Milton se aproxima • Patrícia Maldonado/CNN Brasil
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Morador de Madeira Beach, na Flórida, posiciona tábua antes da chegada do furacão Milton • CNN
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Furacão Milton em imagem de satélite • Reuters
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Pessoa em Ft. Myers reforça janelas com fita antes da chegada do Furacão Milton • CNN
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Postos de combustível na Flórida antes da chegada do Furacão Milton • Patrícia Maldonado/CNN
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Pessoas fazem fila para comprar comida e suprimentos em supermercado de Cancún, no México, antes da passagem do furacão Milton • 07/10/2024 REUTERS/Paola Chiomante
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Moradores de Progreso, Yucatán, no México, se preparam para a chegada do furacão Milton • CNN
Pilotos da Associação Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos voaram por dentro do furacão Milton, que avança em direção à Flórida, nos Estados Unidos, com o potencial de se tornar uma das tempestades mais destrutivas já registradas, de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC) do país.
A tripulação passou por momentos de tensão enquanto enfrentava os ventos do furacão Milton, que chegaram a atingir 281 km/h, mas os “hurricane hunters” (ou “caçadores de furacões” em português), como são conhecidos, já estão acostumados a encarar o interior dessas tempestades.
Pilotos e pesquisadores da NOAA voam a bordo de aviões específicos para coletar dados que ajudam os meteorologistas a fazer previsões mais precisas e os pesquisadores de furacões a entender melhor os processos dessas tempestades, melhorando seus modelos.
Os caçadores de furacões utilizam duas aeronaves para essas missões: a P-3 Orion (utilizada para voar dentro do furacão) e o Jato G-IV (utilizado para voar acima e ao redor da tempestade).
Pilotos, engenheiros de voo civis, meteorologistas e engenheiros eletrônicos da NOAA são altamente treinados para operar neste tipo de condições climáticas adversas, assim como os equipamentos usados a bordo, projetados para isto.
Os modelos P-3 Orion foram originalmente projetadas para caçar submarinos durante a Guerra Fria, mas hoje aguentam os ventos, chuvas e as violentas correntes de ar ascendentes e descendentes de um furacão, conseguindo inclusive atravessar a parede de nuvens formada ao redor do olho do furacão.
A bordo do avião, os cientistas utilizam instrumentos que transmitem continuamente dados de pressão, umidade, temperatura e direção e velocidade do vento conforme eles voam através do furacão, fornecendo uma visão detalhada da estrutura da tempestade e de sua intensidade.
Sistemas de radar na cauda e na fuselagem inferior do avião também escaneiam o fenômeno climático vertical e horizontalmente, dando uma visão em tempo real da tempestade. Algumas missões, inclusive, tem como objetivo principal medir a pressão no olho do furacão e os ventos ao redor do olho.