EUA pedem que Israel diminua tensão e busque diplomacia após ataques ao Líbano
Casa Branca avalia que escalada militar não ajudará Netanyahu a restaurar normalidade para israelenses na fronteira
Autoridades dos Estados Unidos continuam pedindo que Israel diminua a tensão, em meio ao aumento das tensões no norte, após ataques contra o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, no domingo (22).
A opinião da Casa Branca é que a escalada militar não ajudará o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a atingir suas metas de restaurar a sensação de normalidade para os israelenses na fronteira com o Líbano, enfatizou Kirby.
“Não acreditamos que escalar esse conflito militarmente seja a melhor maneira de levar essas famílias de volta aos seus Kibuttzes, de volta às suas casas, de volta às suas vidas. Ainda acreditamos que há tempo e espaço para a diplomacia funcionar”, disse Kirby no “Fox News Sunday”.
Kirby disse que autoridades dos EUA estão envolvidas em esforços “extensivos”, quando questionado no “ABC This Week” sobre o que estão fazendo para levar adiante as tratativas diplomáticas.
“Estamos envolvidos em uma diplomacia extensa e bastante assertiva. Na verdade, um dos nossos enviados, Amos Hochstein, que eu acho que você conhece, esteve na região há poucos dias. Certamente manteremos essas conversas da melhor forma possível. E estamos falando com ambos os lados aqui”, ele disse.
Kirby acrescentou que eles continuam observando com preocupação a escalada das tensões.
“Estamos observando com preocupação as crescentes tensões na região e através daquela fronteira aqui na última semana ou algo assim. E não acreditamos, continuamos a não acreditar, que ação cinética, ação militar, de qualquer lado seja realmente do melhor interesse de qualquer lado […] Há um caminho melhor a seguir aqui”, disse Kirby.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional também disse que o líder do Hamas, Yahya Sinwar , é o “grande obstáculo” para qualquer acordo de reféns e cessar-fogo, mesmo tendo insistido que os EUA não desistirão de tentar garantir um acordo.
Escalada de tensão
Israel e o Hezbollah têm trocado seus disparos mais intensos desde os ataques de 7 de outubro.
No sábado, Israel realizou quase 300 ataques no que os militares disseram ser uma ação preventiva contra um ataque planejado do Hezbollah.
Durante a noite, o Hezbollah disparou dezenas de foguetes e mísseis durante a noite em Israel, atingindo mais profundamente do que em ataques recentes.