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    Membros do BCE se dizem confiantes sobre inflação e defendem corte de juros

    A inflação nos 20 países que compartilham o euro caiu para 2,2% em agosto, o ritmo mais lento desde julho de 2021

    Reuters

    Os dois principais membros do Banco Central Europeu (BCE) expressaram confiança nesta sexta-feira (13) sobre a perspectiva de redução da inflação e das taxas de juros na zona do euro.

    Os presidentes do bancos centrais francês e alemão, François Villeroy de Galhau e Joachim Nagel, defenderam o corte de juros na quinta-feira e adotaram um tom mais confiante do que em qualquer outro momento nos últimos dois anos de que a luta do BCE contra a inflação alta está sendo vencida.

    “O cenário da inflação parece muito bom”, disse Nagel à rádio alemã Deutschlandfunk. “Estamos agora assumindo, e os dados têm mostrado, que atingiremos nossa meta de inflação de 2% até o final do próximo ano.”

    Villeroy foi além, dizendo que a “direção da jornada” é claramente de taxas de juros mais baixas, embora em um ritmo suave que depende dos dados.

    “Devemos continuar a reduzir gradualmente e conforme apropriado o grau de restrição de nossa política monetária”, disse ele ao fórum financeiro Eurofi em Budapeste.

    “Mas o ritmo deve ser altamente pragmático: não estamos nos comprometendo previamente com nenhuma trajetória específica de juros e mantemos nossa total opcionalidade para as próximas reuniões.”

    A inflação nos 20 países que compartilham o euro caiu para 2,2% em agosto, o ritmo mais lento desde julho de 2021, e o BCE espera que ela recue para 2% no último trimestre do próximo ano.

    O crescimento também está diminuindo, principalmente na Alemanha, potência industrial, o que reforça a justificativa para custos de empréstimos mais baixos.

    Villeroy disse que as projeções de inflação e os dados de atividade decepcionantes tornaram o corte de quinta-feira uma medida “óbvia”, e que o BCE agora também deve prestar atenção ao risco de a inflação ficar muito baixa.

    Seu colega finlandês, Olli Rehn, disse que a redução nos custos dos empréstimos dará suporte ao crescimento, mas que a Europa deveria seguir o caminho da melhoria da produtividade.

    O Bundesbank e o Banque de France têm as maiores participações no capital do BCE em função do tamanho da economia e da população de seus países.

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