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    Justiça Federal concede habeas corpus para impedir devolução compulsória de refugiados em Guarulhos

    Defensoria Pública da União (DPU) alega que os imigrantes têm direito a solicitar refúgio

    Letícia Cassianoda CNN* , em São Paulo

    A Justiça Federal concedeu habeas corpus a três grupos de imigrantes alocados no Aeroporto Internacional de Guarulhos, impedindo a Polícia Federal de realizar a devolução compulsória dos refugiados aos seus países de origem.

    A decisão atende ao pedido da Defensoria Pública da União (DPU), que pede o acesso dos imigrantes ao direito legal de requerer refúgio. Segundo a DPU, esse direito estava ameaçado por expulsões que poderiam ser realizadas pelas autoridades policiais a qualquer momento.

    A resolução também determina que os beneficiados pelo habeas corpus devem permanecer sob custódia da Polícia Federal em área de fiscalização e segurança do aeroporto.

    “Narra-se que os pacientes atualmente se encontram na área restrita do embarque internacional do Aeroporto Internacional de Guarulhos, sob risco de repatriação, em que pese a intenção de ficar em território brasileiro e alegação de riscos às suas integridades física e à vida, com apontado nos relatórios anexos à inicial”, diz um trecho.

    No país “o mecanismo do refúgio é regido pela Lei nº 9.474, de 1997. Os pedidos são decididos pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.”

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