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    Petróleo cai após notícia de redução de cortes na produção

    Hoje, o petróleo chegou a subir mais cedo, mas virou e passou a cair desde a divulgação da leitura da inflação do PCE americano em julho

    Gabriel Tassi Lara, do Estadão Conteúdo

    O petróleo recuou mais de 2% nesta sexta-feira (30), e fechou a semana em baixa, depois de nova rodada de indicadores sobre a inflação americana não mudar as expectativas para a flexibilização monetária, e também de olho em notícias de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) seguirá em frente com seu plano de redução dos cortes voluntários na produção.

    Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em queda de 3,11% (US$ 2,36), a US$ 73,55 o barril, enquanto o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve perdas de 2,40% (US$ 1,89), a US$ 76,93 o barril. Na variação semanal, o WTI recuou 1,71%, e o Brent mais líquido caiu 1,56%.

    Hoje, o petróleo chegou a subir mais cedo, mas virou e passou a cair desde a divulgação da leitura da inflação do PCE americano em julho. O dado, que veio em linha com o esperado, surpreendeu com os indicadores de renda pessoal e gastos com consumo, que subiram acima do esperado e trouxeram alguma cautela sobre uma possível postura mais rígida do Federal Reserve (Fed) no restante de 2024.

    A analista de Inteligência de Mercado da StoneX Isabela Garcia afirma que a pressão baixista vista nas negociações do petróleo hoje estão relacionadas às notícias de que a Opep+ segue firme em seu plano de injetar mais óleo no mercado a partir de outubro.

    “O mercado, em geral, tem estado bastante sensível nas últimas semanas, então a gente vê uma volatilidade bem alta dos preços e hoje, especificamente, essa queda parece estar relacionada à perspectiva para o quarto trimestre do mercado”, avalia.

    Analistas pontuam que as interrupções pontuais na produção de postos de petróleo na Líbia não têm força para impactar os preços no médio e longo prazo, visto que a Opep+ pode suprir a ausência do óleo líbio com seus estoques. O ANZ Research considera que os riscos de consumo fraco na China no próximo ano seguem no radar, e estes têm superado a interrupção de curto prazo.

    “O mercado está preocupado com as perspectivas de médio prazo, com os saldos do petróleo para 2025 parecendo fraco”, explica. Ao longo da semana, as perspectivas para demanda desaquecida puxaram os preços para baixo e fizeram o petróleo recuar em comparação com o fechamento da última sexta-feira.

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