Setor de serviços emprega mais de 14 milhões de pessoas em 2022 e registra recorde, diz IBGE
No período da pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2019, os serviços prestados principalmente às famílias teve uma redução de -2,6 pontos percentuais (p.p)
No ano de 2022, o setor de serviços atingiu um recorde histórico com mais de 14 milhões de pessoas empregadas, segundo a pesquisa anual de serviços 2022, divulgado nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O patamar foi 13,9% maior em comparação à 2013.
Os dados dos IBGE também demonstram os impactos da pandemia da Covid-19, no período de 2019 e 2021, no setor de serviços.
Desde 2019, o setor de serviços prestados principalmente às famílias registrou queda de 92,4 mil pessoas e a atividade de serviços de alimentação perdeu 112,5 mil vagas.
No período da pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2019, os serviços prestados principalmente às famílias teve uma redução de -2,6 pontos percentuais (p.p), em relação à receita operacional líquida, mas cresceu por 2 anos consecutivos à partir de 2021.
Em 10 anos, a concentração de mercados nas 8 maiores empresas do setor de serviços caiu de 9,5% para 6,8%. A concentração no segmento de Serviços de informação e comunicação e de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios teve redução significativa entre 2013 e 2012.
Receita bruta de serviços e Regiões
O segmento de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio foi o mais representativo e responsável por 29,8% da receita operacional líquida do setor de serviços.
Em relação à participação da receita bruta de serviços, o setor de Serviços de informação e comunicação teve a maior redução de importância. Esta queda foi seguida pelo aumento da representatividade dos Serviços profissionais, administrativos e complementares, principalmente no Nordeste, onde predominou com 31%, e crescimento nas demais regiões do país.
Na região Centro-Oeste, o Transporte rodoviário foi predominante.
Remuneração no setor de serviços
Segundo a pesquisa, no período de 2013 e 2022, o estado que pagou a maior remuneração média foi São Paulo, no valor de 2,9 unidades de salários mínimos (s.m). Já Piauí e Roraima registraram as menores remunerações, com o pagamento médio de 1,3 s.m.
Os salários médios mais baixos foram pagos em atividades do segmento de Serviços prestados principalmente às famílias e os maiores foram na área de Serviços de informação e comunicação.
Transformação do setor de serviços em 10 anos
Segundo dados do IBGE, foi possível observar a mudança estrutural no principal tipo de serviço prestado, no período de 2013 e 2022. Houve uma queda da predominância dos Serviços de informação e comunicação em detrimento do avanço dos Serviços profissionais, administrativos e complementares.